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sábado, 13 de abril de 2013

O FITEI constitui um Farol no nevoeiro de pesar que nos rodeia, por Pilar Sánchez

Estimado Moutinho,

Após de conhecer as últimas novas sobre a situação do FITEI, Festival que você dirige com grande acerto, queria transmitir-lhe todo o meu apoio.

Já que os trabalhadores deste mundo artístico, por aquilo de estar sempre daqui para ali, sentimo-nos viageiros num longo caminho, como naquele libro do nosso inesquecível Fernando Fernán Gomez, quando abeiramos neste Porto que é o FITEI, é para nós um necessário ponto de ancoragem de tendências artísticas, de diálogo entre diversas línguas, de intercambio de saberes. O papel deste Festival na cena das artes, tanto nacional como internacional, é essencial como motor de cultura e gerador de experiências compartidas entre público e criadores.

A sua equipa recebe-nos com profissionalismo e rigorosidade, pois não passaram em vão 36 anos de trajetória. Não se pode menosprezar o respeito atingido neste tempo, edição trás edição, as bases firmemente afincadas, um carácter construído com determinação. O Festival, acorde coa sua idade, é um ser vivo em plena madureza.

É verdade, não deixam de repetir, o panorama está escuro. Por isso, e mais que nunca, o FITEI constitui um Farol no nevoeiro de pesar que nos rodea. Apagá-lo significaria enterrar um recurso cultural, econômico e turístico de primeira linha, pero sobre todo um recurso transformador e luminoso que nos faz ser um pouco melhores.
Porque eu, como público e como profissional, posso dizer: eu estive no FITEI! Desejo que milheiros de vozes do amanhã podam dizê-lo também.

Desde aqui um forte abraço.

Pilar Sánchez
Produtora Cultural

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